Como é possível? Em 40 séculos de caminhada, procura e encontros
Submetido Ter, 26/03/2019 - 10:17A quaresma dos 40 dias, anos, séculos, de caminhadas faz pensar e faz viver ao ritmo de Cristo, Salvador.
A quaresma dos 40 dias, anos, séculos, de caminhadas faz pensar e faz viver ao ritmo de Cristo, Salvador.
Algo se está a passar de muito grave na nossa sociedade. Algo aflitivamente complexo está a minar as relações entre as pessoas. Algo demasiado contundente para ser reduzido à frieza dos números de vítimas, à capturar dos réus e, sobretudo, para estarmos reféns dum ambiente atrozmente doentio.
Desde finais do século XIX até um pouco depois do concílio Vaticano II, o contexto sociopolítico português criou uma imagem distorcida da pessoa e da missão do padre, sobretudo nos ambientes académicos e citadinos. A história - desde o liberalismo, passando pela implantação da República e culminando com o 25 de Abril - é muito concludente e não deixa margens a quaisquer dúvidas. O povo português, dito culto, é muito anti-clerical.
Há ateus de muitas espécies. Uns são-no de convicções profundas, outros, nem tanto. Uns, por ideologia, outros, superficialmente; uns, convencidos, outros, em faz-de-conta. Na origem do ateísmo militante há dois eixos: a raiva laicista que os tornou intolerantes contra as religiões; e a liberdade de expressão que os inspirou a exprimir a sua oposição à liberdade de crer. Mas isso era antigamente.
Um dos cinco pilares da religião islâmica é a prática da Caridade. Os que podem dão 2,5% da renda anual em favor de obras assistenciais ou culturais. [Os outros quatro pilares são a fé, a oração cinco vezes ao dia, o jejum do Ramadão e a peregrinação a Meca].