Para Refletir

A cultura europeia matou Deus… e agora?

Há muito tempo que várias vozes vêm falando da questão da islamização da Europa. Até há pouco, parecia um tema algo anacrónico. Hoje, é um facto e começa a ter contornos que muitos julgavam inimagináveis.

Não nos referimos sequer aos atentados terroristas que vão crescendo de tom e vão lançando o pânico num cada vez maior número de países. São atentados irracionais, cobardes e que tocam níveis de indignidade humana nunca antes experimentados. O terrorismo é sempre inqualificável e a Europa tem uma triste história neste capítulo com várias alíneas.

Humano demasiado humano

Humano demasiado humanoSó exteriormente a violência terrorista pode ser definida desumana. No sentido que, observando bem, todas as ideologias totalitárias — primeiro o comunismo bolchevique e o nacional-socialismo, hoje fenómenos como o jihadismo — com efeito, escondem uma inclinação humana, até demasiado humana, para a dominação do outro e do terror para finalidades próprias.

Ultrapassei aquela barreira

Fui à igreja. Era a missa por alma de um meu parente. Quando entrei, vi uma pessoa que jamais desejaria ver, principalmente naquele momento, devido a uma ação que me tinha feito, e que eu não conseguia esquecer… Com esforço, consegui concentrar-me na cerimónia. Mas, no momento da saudação da paz, um turbilhão de pensamentos passou pela minha cabeça… Perguntei-me: «E agora, que faço, Senhor? Como posso eu ir receber-Te na minha alma, se não amo o meu próximo?».

AS MÚLTIPLAS FACES DA ESCRAVATURA, ONTEM E HOJE

3. Desde tempos imemoriais, as diferentes sociedades humanas conhecem o fenómeno da sujeição do homem pelo homem. Houve períodos na história da humanidade em que a instituição da escravatura era geralmente admitida e regulamentada pelo direito. Este estabelecia quem nascia livre e quem, pelo contrário, nascia escravo, bem como as condições em que a pessoa, nascida livre, podia perder a sua liberdade ou recuperá-la.

ALGUMAS CAUSAS PROFUNDAS DA ESCRAVATURA

Como ontem, na raiz da escravatura, está uma concepção da pessoa humana que admite a possibilidade de a tratar como um objecto. Quando o pecado corrompe o coração do homem e o afasta do seu Criador e dos seus semelhantes, estes deixam de ser sentidos como seres de igual dignidade, como irmãos e irmãs em humanidade, passando a ser vistos como objectos. Com a força, o engano, a coacção física ou psicológica, a pessoa humana – criada à imagem e semelhança de Deus – é privada da liberdade, mercantilizada, reduzida a propriedade de alguém; é tratada como meio, e não como fim.

Aquela noite…

Noite de NatalAquela noite…
Devia ter sido uma noite como as outras!
Mas não foi…
O vento forte do deserto devia ter sido
O mesmo de sempre. Mas não foi…
A brisa suave, a noite sossegada, o silêncio,
O céu estrelado, as rosas perfumadas de Jericó
Não foram os mesmos…
Mas não só!
À volta da gruta de Belém, tudo foi diferente.
Havia voos de asas! Anjos cantando!
Nos caminhos, nas pedras roladas pelos rebanhos.

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